Data: 09-04-2012
Criterio:
Avaliador: Maria Marta V. de Moraes
Revisor: Tainan Messina
Analista(s) de Dados: CNCFlora
Analista(s) SIG:
Especialista(s):
Justificativa
Aespécie ocorre nas regiões Centro-Oeste, Sudeste e Sul, com EOO de 2.152.735 km²,inclusive em unidades de conservação (SNUC).
Atenção: as informações de taxonomia atuais podem ser diferentes das da data da avaliação.
Nome válido: Ocotea pulchella (Nees & Mart.) Mez;
Família: Lauraceae
Sinônimos:
Ocotea pulchella talvez seja uma das mais bem representadasespécies nos herbários da região sudeste, onde sua grande variação vegetativapode ser observada. Este fato, certamente propiciou grande número devariedades, como também, a proliferaçãode sinônimos atribuídos à espécie. Nomes populares: "canelinha", "canela-preta", "canela-lageana", "canela-da-folha-dura", "canela-do-cerrado", "inhumirim" (Quinet, 2008).
A madeira é considerada de 2a classe e empregada para tabuado em geral, vigas, moirões, ripas, assoalhos, rodapés, forros, etc. a árvore apresenta características ornamentais que a recomendam para o paisagismo. É ótima para plantios mistos em áreas degradadas (Lorenzi, 2002).
Segundo Klein (1966), Ocotea pulchella é depois da Imbuia a Lauraceae de maior importância sociológica e de melhor expressão nos sub-bosques de pinhais no Estado de Santa Catarina, sendo dominante em várias regiões do Estado. Em Itapoá, SC, foram amostrados 1250 ind./ha (Salimon; Negrelle, 2001). Nos fragmentos de áreas florestais de Santa Catarina foram estimados 11,95 ind./ha (Vibrans et al., 2008). Na Floresta Nacional de São Francisco de Paula foram estimados 51,72 ind./ha (Sonego et al., 2007). Em Campo Belo do Sul, SC, O. pulchella apresentou crescimento populacional: em 1992 apresentou 18,75 ind./ha e em 2003 apresentou 26 ind./ha (Formento et al., 2004). Em Passo das Tropas, Santa Maria, RS, foram amostrados 25 ind./ha (Budke et al., 2004). Foram amostrados 256 ind./ha em Brotas, SP (Gomes et al., 2004). Parque Estadual da Campina do Encantado, Pariquera-Açu, SP foram amostrados 26,7 ind./ha (Sztutman; Rodrigues, 2002).
Ocorre nos Estados de Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul (Quinet et al., 2011).
Árvore de 20-30 m de alt., com tronco de 50-80 cm de diam. Folhas simples, face superior glabra e inferior ferrugíneo-pubescente. Os frutos são drupas globosas ou elipsóides de cor escura. Planta semidecídua, heliófita e seletiva higrófita, comum na floresta, Restinga e Cerrado. Floração de novembro a janeiro e frutificação de maio a julho. O desenvolvimento das mudas é lento, porém o das plantas no campo é moderado (Lorenzi, 2002).
1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: "Em perigo" (EN), segundo a Lista vermelha da flora de Minas Gerais(COPAM-MG, 1997).
4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas de proteção ambiental (vide aba distribuição).
- MORAES, P. L. R. D. Sinopse das Lauráceas nos Estados de Goiás e Tocantins, Brasil. Biota Neotropica, v. 5, n. 2, p. 1-18, 2005.
- SZTUTMAN, M.; RODRIGUES, R.R. O mosaico vegetacional numa área de floresta contínua da planície litorânea, Parque Estadual da Campina do Encantado, Pariquera-Açu, SP. Revista Brasil. Bot., v. 25, n. 2, p. 161-176, 2002.
- GOMES, B.Z.; MARTINS, F.R.; TAMASHIRO, J.Y. Estrutura do cerradão e da transição entre cerradão e floresta paludícola num fragmento da International Paper do Brasil Ltda., em Brotas, SP. Revista Brasil. Bot., v. 27, n. 2, p. 249-262, 2004.
- FORMENTO, S.; SCHORN, L.A.; RAMOS, R.A.B. Dinâmica estrutural arbórea de uma floresta ombrófila mista em Campo Belo do Sul, SC. Cerne, v. 10, n. 2, p. 196-212, 2004.
- VIBRANS, A.C.; UHLMANN, A.; SEVEGNANI, L.; MARCOLIN, M.; NAKAJIMA, N.; GRIPPA, C.R.; BROGNI, E. Ordenação dos dados de estrutura da floresta ombrófila mista partindo de informações do inventário florístico-florestal de Santa Catarina: Resultados de estudo-piloto. Ciência Florestal, v. 18, n. 4, p. 511-523, 2008.
- KLEIN, R.M. Importância e fidelidade das Lauráceas na "Formação de Araucária" do Estado de Santa Catarina. , 1966.
- SONEGO, R.C.; BACKES, A.; SOUZA, A.F. Descrição da estrutura de uma Floresta Ombrófila Mista, RS, Brasil, utilizando estimadores não-paramétricos de riqueza e rarefação de amostras. Acta bot. bras., v. 21, n. 4, p. 943-955, 2007.
- SALIMON, C.I.; NEGRELLE, R.R.B. Natural Regeneration in a Quaternary Coastal Plain in Southern Brazilian Atlantic Rain Forest. Brazilian Archives of Biology and Technology, v. 44, n. 2, p. 155-163, 2001.
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- QUINET, A.; BAITELLO, J.B.; MORAES, P.L.R.D. Lauraceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Disponivel em: <http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2011/FB008441>.
- LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2002. 145 p.
CNCFlora. Ocotea pulchella in Lista Vermelha da flora brasileira versão 2012.2 Centro Nacional de Conservação da Flora.
Disponível em <http://cncflora.jbrj.gov.br/portal/pt-br/profile/Ocotea pulchella
>. Acesso em .
Última edição por CNCFlora em 09/04/2012 - 12:55:04